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11/12/2011

CRIANÇAS, NOVELAS E SEXUALIDADE PRECOCE

A atividade sexual precoce em adolescentes pode estar relacionada a quantidade de conteúdo maduro que eles assistem na TV. Quanto mais cedo são expostas a esse tipo de programa, mais cedo começam a ter relações sexuais. “Televisão e filmes são as maiores fontes de informação sobre sexo e relacionamentos para um adolescente”, explica Herman Delgado, autor do estudo. “Nosso estudo mostra que suas ideias e expectativas sobre sexo são influenciadas mais cedo.” O estudo consistiu na observação de 754 participantes, meninos e meninas, que foram observados na infância e na adolescência (até os 18 anos de idade). A cada estágio, eles analisavam os programas que eles viam e a quantidade de tempo que passavam na frente da TV.

De acordo com os resultados, quando uma criança de 6 a 8 anos é exposta a conteúdo adulto, cada hora que ela passa assistindo a esses programas aumenta a chance de ela ter relações sexuais mais cedo em até 33%.

“Entretenimento adulto trata de problemas muito complexos e muitas vezes sexuais. Uma criança não tem nem a experiência de vida e nem o desenvolvimento cerebral para diferenciar a realidade da situação de um filme, por exemplo”, declara Delgado. “As crianças aprendem dos meios de comunicação e quando são expostas a referências sexuais, tendem a ter relações mais cedo.”

Como a própria classificação indicativa já alerta NOVELA NÃO É COISA DE CRIANÇA, tenha juízo e não exponha seus filhos. [Aliás, não se exponha.]

Blog Criacionismo

SEXUALIDADE PRECOCE

A revista IstoÉ publicou (alguns meses atrás) dos riscos do sexo precoce. A reportagem faz uma discussão ampla, incluindo os perigos da erotização de crianças e adolescentes na era da internet. O principal gancho da reportagem é um vídeo erótico com crianças, que foi veiculado na internet. O vídeo provocou um escândalo na pequena cidade gaúcha de Ibirubá. Uma menina de onze anos e um garoto de 14, com ajuda de um coleguinha, produziram um vídeo de sexo explícito. O que era pra ser uma brincadeira, vazou pela internet e causou um estrago nas famílias dos envolvidos. Com a reportagem, a revista IstoÉ procurou alertar os pais e educadores sobre os riscos da sexualidade precoce. (...)

Os pais, quase sempre, têm enorme dificuldade para tratar dos temas envolvendo a sexualidade. Por isso, são surpreendidos quando descobrem que os filhos já têm vida sexual ativa. E ficam ainda mais assustados e desorientados quando aparece uma notícia de gravidez.

Por mais que muitos pais queiram negar, a garotada inicia cada vez mais precocemente a vida sexual. Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam que, entre os meninos, 47% dos menores de 15 anos já tiveram a primeira experiência. Isso significa quase metade deles. Já o índice de meninas é de 33%.

Isso acontece por várias razões. A mídia é uma delas. Vivemos uma cultura extremamente erotizada. Por conta dos desenhos, filmes, novelas, jogos e revistas para adolescentes, nossos filhos acabam tendo uma visão distorcida do sexo. Isso desperta neles o desejo sexual. E contra a natureza, nem sempre argumentos são eficientes.

A internet também facilita o acesso das crianças a conteúdos proibidos. A reportagem da IstoÉ cita que essa menor de onze anos aprendeu com filmes pornôs disponíveis na internet e aparece fazendo na sequência de cenas do vídeo caseiro.

Além disso, há pais que estimulam os filhos à sexualidade. Tem pai que ainda faz uso de ditados baixos como aquele: “Prendam suas cabras, pois o meu bode está solto.” Esses homens acham bonito o filho ter fama de namorador, de “pegador”. Também existem mães que ficam orgulhosas de ver as meninas vestidas e maquiadas como moças, mesmo quando elas ainda têm apenas onze ou doze anos.

Sabe, amigo, o contexto social colabora para a sexualidade precoce. E, por parte da sociedade, não é possível esperar mudanças. É utopia acreditar que voltaremos ao mundo da inocência. Entretanto, ainda é possível evitar surpresas desagradáveis. Mas isso depende muito dos pais.

E quando falo do comportamento ativo dos pais, não estou sugerindo um clima de aquartelamento em casa, com proibições absurdas, regras fora de contexto e punições exageradas. Falo da necessidade de confiança, capacidade de dialogar. Mas dialogar não é só fazer discurso, é fundamentalmente ouvir os filhos. E, hoje, os pais precisam estar ligados às novas tecnologias. Monitorar o que os adolescentes fazem na internet, o que falam no MSN, o que publicam no Orkut é necessidade básica. Pais alheios a essas tecnologias certamente ficam de fora da vida dos filhos. Quase sempre são facilmente enrolados pela garotada. E, detalhe, essa ignorância nas tecnologias é muitas vezes a porta de entrada dos filhos para uma vida sexual precoce.

Blog Criacionismo

TV NA INFÂNCIA TRAZ IMPACTOS NEGATIVOS A LONGO PRAZO

Quer que seus filhos sejam mais espertos e saudáveis? Mantenha-os longe da televisão enquanto são crianças. Essa é a conclusão de um estudo conjunto da Universidade de Montreal, Universidade de Sainte-Justine (ambas no Canadá) e da Universidade do Michigan (EUA), e publicado no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine. O estudo afirma que a exposição à televisão pode levar a duas consequências nas crianças: notas piores na escola e hábitos alimentares pouco saudáveis. “Nosso estudo aponta que cada hora de exposição de crianças à TV corresponde a uma determinada piora nos níveis de comportamento dentro da escola, maiores índices de exposição à segregação entre os colegas de classe, aumento do sedentarismo, grande consumo de comidas pouco saudáveis e, consequentemente, maior índice de gordura corporal”, diz a autora principal do estudo, Linda Pagani.O foco do estudo era determinar o impacto da exposição aos programas televisivos em crianças com média de 2 anos e qual o reflexo disso no seu futuro acadêmico, escolhas pessoais e nível de bem-estar entre as crianças. “Entre as idades de 2 e 4 anos, a alta exposição à televisão atrasou o desenvolvimento desses indivíduos”, indica Pagani. O estudo observou mais de 1,3 mil crianças, além de entrevistar pais e professores. O índice de massa corporal (IMC) dessas crianças também foi acompanhado até elas completarem 10 anos. “A infância é um período crítico para o desenvolvimento cerebral e formação do comportamento”, alerta Pagani. “Muito tempo na frente da TV durante esse período pode levar a hábitos pouco saudáveis no futuro. E mesmo com recomendações, nos EUA, de que crianças dessa idade (2 anos) deveriam assistir no máximo duas horas de televisão por dia, muitos pais simplesmente ignoram essa advertência.” “Entretanto, o impacto dessa vivência diária na frente da TV parece desaparecer após os 7 anos de idade, mas os resultados do hábito em idades anteriores a isso parecem perdurar”, aponta a autora. Como o hábito de assistir televisão encoraja um estilo de vida sedentário, diz Pagani, os pais deveriam evitar que eles se mantivessem muito tempo em uma posição de passividade física e mental. “Deveria ser do conhecimento de todos que o tempo na frente da televisão deveria ser gasto com atividades que enriquecessem o desenvolvimento da saúde das crianças, assim como ampliassem as possibilidades de desenvolvimento cognitivo, comportamental e motor”, dizem os pesquisadores.


Saúde e Família

19/07/2011

ESTOU SUPER FELIZ COM MEU FILHO, MAS TENHO SAUDADES DA LIBERDADE QUE TINHA ANTES, ISSO É NORMAL?

A vida muda quando o bebê nasce. Os papéis de cada um são diferentes, os hormônios enlouquecem, o trabalho se multiplica, as finanças são afetadas.

Acima de tudo, com um filho, perde-se a sensação de controle sobre a vida. A pessoa fica exausta, sobrecarregada, com a autoconfiança abalada, já que não tem o poder de tirar, por exemplo, o desconforto de uma crise de cólica, ou de fazer a criança finalmente dormir a noite toda.


A liberdade vai embora também. Tanto a liberdade física, de ir e vir na hora em que bem entender, quanto a mental, de poder passar alguns instantes sem se preocupar com nada. É normal que as pessoas, em especial as mães, se ressintam dessa mudança.

Converse com qualquer mãe e descobrirá que ela sempre acha que falta alguma coisa: dinheiro, ajuda, apoio emocional, tempo, liberdade, sabedoria. A sensação de que não se pode fazer as coisas do jeito que se quer deixa as pessoas chateadas, irritadas, ressentidas, desestimuladas. Mas todos esses sentimentos são normais.

O que se pode fazer então para melhorar? Comece do começo. Procure identificar quais aspectos da sua vida anterior que você mais sente saudade. Seja detalhista, faça uma lista no papel:

"Tenho saudade de ir à academia na hora em que eu quiser."

"Tenho saudade de dormir até tarde."

"Tenho saudade de sair à noite."

Quanto mais completa for sua lista, mais fácil será você definir o que está sentindo. Quando terminar, releia a lista na companhia de seu companheiro(a) ou de um amigo ou amiga. Veja se não dá para reencaixar alguma das suas atividades favoritas na nova rotina.

Com um pouco de planejamento, você vai ver que dá, pelo menos um pouquinho. O exercício de fazer a lista é bom também porque torna bem concretas as coisas que você perdeu, e você consegue encará-las com menos ressentimento e menos culpa também.

Você vai ver que algumas perdas são mesmo irrecuperáveis, mas procure lembrar que mudanças na vida sempre vêm acompanhadas de despedidas, e logo você vai descobrir novas alegrias e experiências na vida com a criança.

"Lembre-se, ter um bebê não significa abrir mão de tudo o que você gosta. É importante tomar conta de você também, não só da criança", afirma a terapeuta Karen Kleiman, autora de vários livros sobre o pós-parto. Converse com outras mães para ver como elas estão lidando com a falta de liberdade -- você pode procurá-las nos fóruns do BabyCenter.


Se ainda assim estiver com dificuldade de conviver com a nova realidade, procure ajuda médica ou psicológica. Uma tristeza excessiva é normal nos dias após o parto, no chamado "blues puerperal", ou pode ser algo mais sério se persistir por muito tempo, que é o caso da depressão pós-parto.


BabyCenter Brasil

É VERDADE QUE, AOS 40 ANOS, É MAIS DIFÍCIL ENGRAVIDAR SE A MULHER AINDA NÃO TEVE FILHOS?

Ouve-se com frequência que é mais difícil engravidar depois dos 40 quando se trata do primeiro filho. Mas a afirmação não é verdadeira.

A fertilidade feminina cai com a idade, e mais acentuadamente após os 40 anos, independentemente do número de gestações anteriores.

A diferença é que uma mulher que aos 40 anos já teve um filho sabe que provavelmente não tem determinados problemas para engravidar. Já uma mulher de 40 anos que nunca engravidou pode ter alguma causa de infertilidade desconhecida até então.

Mas não é porque uma mulher já engravidou na vida que ela não vai enfrentar problemas para ficar grávida de novo. Infelizmente, existe a infertilidade secundária, nome dado aos casos em que a mulher já teve um filho e não consegue engravidar de novo.

Moral da história: se você tem mais de 40 anos e quer ter seu primeiro filho, suas chances de engravidar provavelmente são as mesmas de uma mulher da mesma idade que já tenha tido filhos.

BabyCenter Brasil - Eleonora Fonseca

16/07/2011

EDUCAÇÃO AOS FILHOS COMEÇAM EM CASA

Como um Casal Enfrentou sua Responsabilidade?

Um anjo do Céu veio instruir a Zacarias e Isabel sobre a maneira em que deveriam preparar e educar o filho, para que pudessem trabalhar em harmonia com Deus no preparo de um mensageiro para anunciar a vinda de Cristo. Como pais, deveriam cooperar fielmente com Deus em formar em João tal caráter que o habilitasse a desempenhar a parte que Deus designara para ele como obreiro competente. João era o filho de sua velhice, o filho de um milagre, e os pais podiam ter raciocinado que ele tinha uma obra especial a fazer pelo Senhor, e que Este cuidaria dele. Mas Zacarias e Isabel não raciocinaram assim; mudaram-se para um lugar solitário, no campo, onde o filho não estivesse exposto às tentações da vida na cidade, ou não fosse induzido a separar-se dos conselhos e instrução que eles, como pais, lhe dariam. Desempenharam sua parte quanto a desenvolver no filho um caráter que em todos os sentidos atendesse ao propósito para o qual Deus determinara sua vida. ... Sagradamente cumpriram sua obrigação. Signs of the Times, 16 de abril de 1896.

Considerar os Filhos Como um Depósito

Devem os pais considerar os filhos como lhes tendo sido confiados por Deus para serem educados para a família do alto. Educai-os no temor e no amor de Deus; pois "o temor do Senhor é o princípio da sabedoria". Sal. 111:10. Signs of the Times, 16 de abril de 1896. Os que são leais a Deus representá-Lo-ão na vida do lar. Considerarão a educação dos filhos como uma obra sagrada, que lhes foi confiada pelo Altíssimo. Manuscrito 103, 1902.

Os Pais Devem Habilitar-se Como Professores Cristãos

A obra dos pais, que tanto significa, é grandemente negligenciada. Pais, despertai da vossa sonolência espiritual e compreendei que os primeiros ensinos que a criança recebe devem ser-lhe dados por vós. Deveis ensinar vossos pequenos a conhecer a Cristo. Esse trabalho deveis fazer, antes que Satanás lance suas sementes em seu coração. Cristo chama as crianças, e estas devem ser conduzidas a Ele, educadas nos hábitos de operosidade, higiene e ordem. Essa é a disciplina que Cristo deseja que elas recebam. Review and Herald, 9 de outubro de 1900. O pecado jazerá à porta dos pais, a menos que estes se controlem e se preparem para se tornar mestres cristãos sábios e dignos de confiança. Manuscrito 38, 1895.

Há Necessidade de União Entre os Pais

O marido e a esposa devem estar intimamente unidos em seu trabalho na escola do lar. Devem ser muito ternos e comedidos na linguagem, para não abrirem uma porta de tentação pela qual Satanás entre para obter uma vitória sobre a outra. Devem ser bondosos e corteses um para com o outro, agindo de tal maneira que se possam respeitar mutuamente. Cada qual deve ajudar o outro a trazer para o lar uma atmosfera agradável e sadia. Não devem divergir na presença dos filhos. Sempre deve ser conservada a dignidade cristã. Carta 272, 1903.

A Instrutora Especial da Criança

A mãe sempre deve ter preeminência nessa obra de educar os filhos. Enquanto sobre o pai repousam graves e importantes deveres, a mãe pela associação quase constante com os filhos, especialmente durante seus mais tenros anos, deve ser sempre sua instrutora e companheira especial. Pacific Health Journal, janeiro de 1890.

Uma Educação Mais Ampla

Os pais devem aprender a lição de implícita obediência à voz de Deus, que lhes fala por Sua Palavra; e ao aprendê-la poderão ensinar aos filhos o respeito e a obediência, tanto na palavra como na ação. Essa é a obra que deve ser empreendida no lar. Os que assim fizerem se sublimarão ao reconhecerem que devem elevar os filhos. Tal educação significa muito mais que a mera instrução. Manuscrito 84, 1897.

Não é Aceitável uma Obra Casual

Uma obra feita ao acaso no lar não suportará um exame no juízo. Os pais cristãos devem combinar a fé com as obras. Como Abraão ordenou a sua casa após si, assim devem eles ordenar a sua. É dada a norma que cada pai deve elevar: "Guardem o caminho do Senhor." Gên. 18:19. Qualquer outro caminho é uma vereda que leva, não à cidade de Deus, mas às fileiras do destruidor. Review and Herald, 30 de março de 1897.

Examinem os Pais a sua Obra

Examinarão os pais sua obra de educar e ensinar os filhos, e considerarão se têm cumprido todo o seu dever, com esperança e fé, para que esses filhos possam ser uma coroa de júbilo no dia do Senhor Jesus? Têm trabalhado de tal maneira para o bemestar dos filhos que Jesus os possa contemplar do Céu e, pelo dom do Seu Espírito, santificar-lhes os esforços? Pais, pode ser vossa parte preparar vossos filhos para a maior utilidade nesta vida, e para participar afinal da glória na vida por vir. Good Health, janeiro de 1880.
 
ORIENTAÇÃO DA CRIANÇA - E.G.W

22/06/2011

CARTA DE UMA MÃE SOBRE O RELACIONAMENTO DE SEU FILHO E NORA

Clyde, Ohio, Setembro, 1870

Queridos Edson e Ema,

Vocês, meus filhos, entregaram o coração um ao outro; da mesma forma como o deram inteiramente e sem reservas a Deus.

Em sua vida conjugal procurem animar um ao outro. Mostrem os nobres e elevados princípios da santa fé nas conversações diárias e na intimidade de sua vida. Sejam sempre zelosos e ternos pelos sentimentos um do outro. Não permitam nenhum tipo de zombaria, gracejo ou repreensão irônica entre vocês. Essas coisas são perigosas. Elas ferem. O ferimento pode ser encoberto, contudo a ferida existe, e a paz está sendo sacrificada e a felicidade ameaçada.

Meu filho, guarde-se e em nenhum momento manifeste a menor inclinação que lembre um espírito ditatorial e arbitrário. Haverá recompensa em cuidar de suas palavras antes de dizê-las. Isto será mais fácil do que retratá-las ou apagar sua impressão depois. Fale sempre bondosamente. Suavize os tons de sua voz. Permita que somente amor, bondade e mansidão sejam expressos em seu semblante e em sua voz. Faça disto uma atividade que difunda raios de luz, mas nunca permita que fique uma nuvem. Ema será tudo que você deseja, se for cauteloso e não lhe der nenhum motivo para sentir-se aflita, perturbada e duvidar da genuinidade de seu amor. Vocês próprios podem conquistar sua felicidade ou perdê-la. Através do esforço para sujeitar sua vida à Palavra de Deus, podem tornar correta, nobre, elevada e agradável a senda da vida um para o outro.
Estejam dispostos a ceder. Edson, ceda algumas vezes em seu julgamento. Não seja obstinado, mesmo se o seu procedimento lhe parecer sensato. Você deve ser complacente, paciente, bondoso, sensível, compassivo, educado, mantendo as pequenas cortesias da vida, os atos afetuosos, a ternura, as palavras cordiais e encorajadoras. Que as bênçãos de Deus repousem sobre vocês, meus filhos, é a oração de sua mãe.

Mamãe,

Ellen White
Carta 24, 1870.

12/06/2011

VIVER FELIZ NA SIMPLICIDADE DO LAR

Preservar a Simplicidade da Família
Quando vêm visitas, o que sucede freqüentemente, não se deve permitir que elas absorvam todo o tempo e atenção da mãe; o bem-estar temporal e espiritual dos filhos deve vir primeiro. Não se deve despender o tempo em preparar bolos caros, tortas e alimentos não saudáveis para serem levados à mesa. São estes uma despesa extra, e muitos não a podem permitir. Mas o maior mal está no exemplo. Seja preservada a simplicidade da família. Não procureis dar a impressão de que mantendes um padrão de vida que está além de vossos recursos. Não procureis parecer o que não sois, seja na preparação da mesa, seja em vossas maneiras. Conquanto devais tratar vossas visitas com bondade e fazê-las sentir como se estivessem na própria casa, é vosso dever lembrar que sois educador dos pequenos que Deus vos deu. Eles vos estão observando, e vossa conduta não deve de maneira nenhuma dirigir-lhes os pés no caminho errado. Sede para vossas visitas justo o que sois para vossa família diariamente: agradáveis, considerados, corteses. Desta maneira todos podem ser educadores, um exemplo de boas obras. Eles testificam que há algo mais essencial que conservar a mente no que comer e beber e com que se vestirão. Christian Temperance and Bible Hygiene, pág. 143.

Manter Atmosfera de Paz e Repouso
Poderíamos ser muito mais felizes e mais úteis se nossa vida no lar e intercâmbio social fossem governados pela mansidão e simplicidade de Cristo. Em vez de nos esforçarmos no sentido do exibicionismo de molde a provocar a admiração ou a inveja das visitas, devemos nos esforçar por tornar felizes todos ao nosso redor, mostrando alegria, simpatia e amor. Que as visitas vejam que estamos procurando conformar-nos à vontade de Cristo. Que elas vejam em nós, seja embora humilde nossa condição, um espírito de contentamento e gratidão. A própria atmosfera de um lar verdadeiramente cristão é de paz e repouso. Tal exemplo não ficará sem efeito. Review and Herald, 29 de novembro de 1887.

Um Relatório de Despesas é Mantido no Céu
Cristo mantém um relatório de toda despesa em que incorremos para dar hospedagem por amor dEle. Ele supre tudo quanto é necessário para esta obra. Aqueles que, por amor de Cristo, hospedam seus irmãos, fazendo o possível para tornar a visita proveitosa tanto aos hóspedes como a si mesmos, são registrados no Céu como dignos de bênçãos especiais. ... Pág. 451 Em Sua própria vida, Cristo deu uma lição de hospitalidade. Quando rodeado pela multidão faminta à beira-mar, não os mandou para casa sem refrigério. Ele disse aos discípulos: "Dai-lhes vós de comer." Luc. 9:13. E, mediante um ato de poder criador, supriu alimento suficiente para satisfazer-lhes às necessidades. Todavia, quão simples foi a comida proporcionada!
Nada de finas iguarias. Aquele que tinha à Sua disposição todos os recursos do Céu, poderia haver estendido diante do povo um rico banquete. Supriu, no entanto, o que bastasse às necessidades deles, o que constituía o alimento diário dos pescadores nas proximidades do mar. Caso os homens fossem hoje simples em seus hábitos, vivendo em harmonia com as leis da Natureza, haveria abundante provisão para todas as necessidades da família humana. Haveria menos necessidades imaginárias, e mais ensejos de trabalhar segundo a maneira de Deus. ... A pobreza não nos deve excluir de manifestar hospitalidade. Cumpre-nos partilhar o que temos. Pessoas há que lutam para ganhar a subsistência, e têm grande dificuldade para conseguir que sua renda chegue para as necessidades; amam, porém, a Jesus na pessoa de Seus santos, e estão prontos a manifestar hospitalidade a crentes e descrentes, procurando tornar proveitosas suas visitas. À mesa da família, assim como ao seu altar, os hóspedes são bem-vindos. Os momentos de oração impressionam os que recebem hospedagem e mesmo uma visita pode significar a salvação de uma alma da morte. O Senhor leva em conta essa obra, dizendo: "To pagarei." Luc. 10:35. Testemunhos Seletos, vol. 2, págs. 571, 572 e 574.

Livro: O Lar Adventista E.G.W

A IMPORTÂNCIA DA "ESCOLA DO LAR"

A Educação Começa em Casa
É no lar que a educação da criança deve ser iniciada. Ali está sua primeira escola. Ali, tendo seus pais como instrutores, a criança terá de aprender as lições que a devem guiar por toda a vida - lições de respeito, obediência, reverência, domínio próprio. As influências educativas do lar são uma força decidida para o bem ou para o mal. São, em muitos sentidos, silenciosas e graduais, mas sendo exercidas na direção devida, tornam-se fator de grande alcance em prol da verdade e justiça. Se a criança não é instruída corretamente ali, Satanás a educará por meio de fatores de sua escolha. Quão importante, pois, é a escola do lar! Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, pág. 107.

Os Fundamentos
Sobre todos os pais repousa o dever de proporcionar instrução física, mental e espiritual. Deve ser o objetivo de cada pai alcançar para seu filho um caráter equilibrado, simétrico. Essa é uma obra de não pequena grandeza e importância, e que requer ardoroso pensamento e oração, não menos que esforço paciente e perseverante. Deve-se pôr um fundamento correto, construir uma armação forte e firme, prosseguindo então, dia após dia, na obra de edificar, aprimorar, aperfeiçoar. Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes, págs. 107 e 108.

Negar Tudo à Criança, Menos Esse Direito
Pais, lembrai-vos de que vosso lar é uma escola de formação, na qual nossos filhos devem ser preparados para o lar de cima. Negai-lhes tudo, menos a educação que devem receber em seus mais tenros anos. Não permitais nenhuma palavra impertinente. Ensinai vossos filhos a serem bondosos e pacientes, pág. 18. Ensinai-lhes a pensar nos outros. Assim os estareis preparando para mais elevado ministério nas coisas religiosas. Manuscrito 102, 1903. Deve o lar ser uma escola preparatória, onde as crianças e os jovens possam se preparar para trabalhar pelo Mestre, um preparo para ingressar na escola mais elevada, no reino de Deus. Manuscrito 7, 1899.

Não é Questão Secundária
Não permitais que a educação no lar seja considerada questão secundária. Ela ocupa o primeiro lugar em toda a verdadeira educação. Aos pais e mães é confiado moldar a mente dos filhos. Review and Herald, 6 de junho de 1899. Quão impressionante é o provérbio: "Conforme se torce a vara, assim cresce a árvore." Isso se deve aplicar à educação de nossos filhos. Pais, lembrar-vos-eis de que a educação de vossos filhos desde os primeiros anos vos é confiada como um sagrado depósito? Essas jovens árvores devem ser educadas ternamente, para poderem ser transplantadas para o jardim do Senhor. De modo algum a educação no lar deve ser negligenciada. Os que a negligenciam, negligenciam um dever religioso. Manuscrito 84, 1897.

O Grande Objetivo da Educação no Lar
A educação no lar muito significa. É uma questão de grande objetivo. Abraão foi chamado o pai dos fiéis. Entre as coisas que o tornaram notável exemplo de piedade estava o estrito acatamento que em seu lar dava às ordens de Deus. Cultivava a religião no lar. Aquele que vê a educação dada em cada lar, e que mede a influência dessa educação, disse: "Porque Eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo." Gên. 18:19. Carta 9, 1904. Deus ordenou aos hebreus que ensinassem aos filhos Seus reclamos, e que os tornassem familiarizados com todo o Seu trato com Seu povo, pág. 19. O lar e a escola eram uma coisa só. Em vez de lábios estranhos, devia o coração amoroso dos pais e das mães instruir os filhos. Os pensamentos de Deus eram relacionados com todos os acontecimentos da vida diária no lar. As grandes obras de Deus no
libertamento de Seu povo eram referidas com eloqüência e a mais profunda reverência. Gravavam-se no espírito juvenil as grandes verdades da providência de Deus e da vida futura, familiarizando-os assim com o verdadeiro, o bom e o belo. As lições dadas eram ilustradas e gravadas mais firmemente na memória mediante o uso de figuras e símbolos. Por meio desse conjunto de imagens animadas, a criança era iniciada, quase desde a infância, nos mistérios, na sabedoria e nas esperanças dos pais; e guiada num modo de pensar, sentir e prever que alcançava muito além do visível e transitório: até o invisível e eterno. Fundamentos da Educação Cristã, págs. 95 e 96.

Precede a Escola Diária e Para ela Prepara
A obra dos pais precede à do professor. Têm uma escola no lar - o primeiro estágio. Se cuidadosamente e com oração procurarem conhecer e desempenhar seu dever, prepararão os filhos para entrar no segundo estágio - receber instruções do professor. Review and Herald, 13 de junho de 1882.

Molda o Caráter
O lar pode ser uma escola em que as crianças são verdadeiramente moldadas, no caráter, à semelhança de colunas de palácio. Manuscrito 136, 1898.

A Educação no Lar de Nazaré
Jesus adquiriu Sua educação no lar. Sua mãe foi-Lhe a primeira professora humana. De seus lábios e dos rolos dos profetas, Ele aprendeu as coisas celestes. Vivia numa casa de camponeses, e fiel e alegremente desempenhou Sua parte nas responsabilidades domésticas. Aquele que fora o Capitão dos Céus, era agora servo voluntário, filho amoroso e obediente. Aprendeu um ofício, e trabalhava com Suas próprias mãos na carpintaria de José. A Ciência do Bom Viver, págs. 399 e 400, pág. 21.

Os Primeiros Mestres
Os Pais Devem Compreender sua Responsabilidade
O pai e a mãe devem ser os primeiros mestres dos filhos. Manuscrito 67, 1903. Os pais precisam compreender sua responsabilidade. O mundo está cheio de laços para os pés da juventude. Multidões são
atraídas por uma vida de egoísmo e prazeres sensuais. Não podem discernir os perigos ocultos, ou o terrível fim que se lhes afigura o caminho da felicidade. Mediante a condescendência com o apetite e a paixão, desperdiçam as energias, e milhões se arruínam tanto para este mundo como para o por vir. Os pais devem lembrar que os filhos irão enfrentar essas tentações. O preparo que habilitará a criança a combater com êxito na luta contra o mal deve começar mesmo antes de seu nascimento. A Ciência do Bom Viver, pág. 371. A cada passo, os pais necessitam mais que sabedoria humana, a fim de poderem saber educar melhor os filhos para uma vida útil e feliz aqui, e mais elevado serviço e maior alegria no além. Review and Herald, 13 de setembro de 1881.

Parte Importante do Plano de Deus
A educação da criança constitui parte importante do plano de Deus para demonstrar o poder do cristianismo. Solene responsabilidade repousa sobre os pais de educarem os filhos de tal maneira que, ao saírem para o mundo, façam o bem e não o mal àqueles com os quais convivem. Signs of the Times, 25 de setembro de 1901. Não devem os pais considerar sem seriedade a obra de educar os filhos, nem negligenciá-la, seja o motivo qual for, pág. 22. Devem empregar muito tempo em cuidadoso estudo das leis que regulam nosso ser. Devem fazer seu principal objetivo tornarse inteligentes quanto à devida maneira de lidar com os filhos, para que lhes possam assegurar mente sã em corpo são. ... Muitos dos que professam ser seguidores de Cristo estão negligenciando tristemente os deveres do lar; não percebem a sagrada importância do depósito que Deus colocou em suas mãos, moldando de tal maneira o caráter dos filhos que estes tenham fibra moral para resistir às muitas tentações que são armadilhas para os pés da juventude. Pacific Health Journal, abril de 1890.

É Necessário Cooperar com Deus
Cristo não pediu ao Pai que tirasse os discípulos do mundo, mas que os guardasse do mal que no mundo há, que os livrasse de ceder às tentações que, a cada lado, enfrentariam. Essa oração devem os pais e mães fazer em favor dos filhos. Mas orarão eles a Deus, e então deixarão os filhos fazer o que quiserem? Deus não poderá guardar do mal os filhos, se os pais não cooperam com Ele. Os pais devem empreender sua obra corajosa e alegremente, levando-a avante com incansáveis esforços. Review and Herald, 9 de julho de 1901. Se os pais sentissem que nunca estão desobrigados da responsabilidade de educar e preparar os filhos para Deus, se com fé fizessem sua obra, cooperando com Deus por meio da oração e trabalho fervorosos, teriam êxito em levá-los ao Salvador. Signs of the Times, 9 de abril de 1896.

Livro: ORIENTAÇÃO DA CRIANÇA - E.G.W

CRIANÇAS E JOVENS EXIGEM NOSSO CUIDADO

"Para que nossos filhos sejam, como plantas, bem desenvolvidos na sua mocidade; para que as nossas filhas sejam como pedras de esquina lavradas, como colunas de um palácio." Sal. 144:12.

Tem-se prestado bem pouca atenção a nossas crianças e jovens que têm deixado de se desenvolver na vida cristã como deveriam, porque os membros da igreja não os têm considerado com ternura e simpatia, desejando que avançassem na vida divina. Em nossas grandes igrejas, muitíssimo poderia fazer-se pelos jovens. Deverá haver por eles menos trabalho especial? Serão apresentados a eles menos incentivos a fim de que se tornem cristãos perfeitos - homens e mulheres em Cristo Jesus - do que lhes foram conferidos nas denominações que deixaram por amor à verdade? Serão abandonados para que vagueiem de um lado para outro, para se desanimarem e caírem nas tentações que por toda parte estão de emboscada a fim de apanharem os pés incautos? Se eles erram e caem da firmeza de sua integridade, deverão censurá-los e culpá-los os membros da igreja que negligenciaram cuidar dos cordeiros, e deverão aumentar-lhes as faltas? Serão suas faltas comentadas e referidas a outros, e eles abandonados ao desânimo e desespero? O primeiro trabalho a fazer pelos membros de nossas igrejas é fazê-los interessar-se pela nossa juventude; pois essa necessita de bondade, paciência, ternura, regra sobre regra, mandamento sobre mandamento. Oh, onde estão os pais e mães em Israel? Deveria haver grande número deles que fossem mordomos da graça de Cristo, sentindo pelos jovens um interesse não meramente casual, mas especial. Deveria haver pessoas cujo coração seja tocado pela situação digna de pena em que nossos jovens se acham, que se compenetrem de que Satanás por meio de todo o ardil imaginável está a agir para atraílos à sua rede.

Deus exige que a igreja desperte de seu sono, e veja qual é a espécie de serviço dela requerido neste tempo de perigo. Os cordeiros do rebanho devem ser alimentados. O Senhor do Céu está olhando a fim de ver quem se dispõe a fazer a obra que Ele quer que se faça pelas crianças e jovens. Os olhos de nossos irmãos e irmãs devem ser ungidos com colírio celestial para que possam discernir as necessidades do tempo. Devemos despertar para que vejamos o que necessita ser feito na vinha espiritual de Cristo, e irmos à obra. 
 
Livro: Conselhos aos Pais, Professores e Estudantes. E.G.W.

FILHOS DO DIVÓRCIO

Todos os anos, mais de 1 milhão de crianças e adolescentes são envolvidos em casos de divórcio nos Estados Unidos, segundo o censo americano. No Brasil, as estatísticas falam em 120.000 filhos atingidos pela separação dos pais. Contando os casos não oficializados, estima-se que sejam 400.000 crianças por ano. Para o homem e a mulher, o impacto da separação é grande, mas os dois lados conhecem a fundo as razões que sustentam a decisão. Para as crianças, que são colhidas por uma notícia inesperada, o fim do casamento dos pais representa um dos períodos mais difíceis de suas vidas, mesmo que tenha sido a melhor solução para desavenças incontornáveis. Por um lado, os filhos passam a viver sem a presença constante de um dos pais (normalmente o pai), e a lidar com situações desconhecidas e muitas vezes traumáticas, como ter duas casas para dormir, mudar de bairro, trocar de escola e de amigos. Mas há um segundo motivo. Como agravante, além de perder a companhia de um dos pais, os filhos podem ser submetidos a uma provação: adaptar-se a uma nova família.

Pelas características, as novas famílias são chamadas pelos psicólogos e psiquiatras de famílias-mosaico, ou famílias reconstituídas. O crescimento do número de separações e o aumento desses mosaicos são um grande avanço, pois apontam para uma relação familiar mais honesta. Casais que já não se suportam deixam de se sentir obrigados a viver juntos pelo resto de seus dias, ainda que tenham filhos. As relações se estabelecem a partir da vontade de permanecer juntos, e não apenas das convenções sociais. O que intriga os especialistas é saber até que ponto as famílias-mosaico interferem na formação das crianças. Alguns profissionais observam que a separação é sempre muito arriscada. "Até os 5 anos de idade, a criança pode sofrer com a separação porque ela fica muito dependente e estabelece troca somente com figuras próximas", diz o psiquiatra infantil Alfredo Castro Neto, do Rio de Janeiro. Outros lembram que as novas uniões podem ser muito úteis para compensar os efeitos da separação. "Nas famílias reconstituídas predomina a solidariedade entre os filhos por causa dos problemas semelhantes vividos e da identidade geracional", afirma o psiquiatra Antônio Mourão Cavalcante, professor da Universidade Federal do Ceará.

É difícil tirar conclusões definitivas em torno de um tema tão complexo. Um trabalho do psiquiatra Haim Grunspun, da PUC paulista, que acompanhou um grupo de crianças por dois anos após o fim do casamento dos pais, concluiu que a separação, se mal conduzida, pode ter potencial devastador. A pesquisa revela que os bebês até os 2 anos podem desenvolver comportamento mais medroso e apresentar sintomas de regressão. As crianças com 4 e 5 anos tendem a encarar a separação como temporária e acham que podem influir no comportamento dos pais. Em alguns casos, apresentaram desorientação, pouca agressividade e inibição nos jogos. Já os filhos de 5 a 6 anos se sentiam culpados, achando que provocaram a briga entre o casal. Essa interpretação equivocada por parte das crianças provocava abalo da autoconfiança, raiva incontida, sensação de responsabilidade pela reconciliação dos pais e dificuldade em se ligar a novas pessoas que entram para a constelação familiar.

Outra pesquisa, feita pela professora Ana Luísa Vieira de Mattos, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, mostra que a separação pode não ser tão ruim assim. Durante cinco anos, ela manteve grupos de discussão com 85 adolescentes de classe média e alta oriundos de famílias originais e reconstituídas. "Concluí que os problemas com drogas, delinqüência e depressão tinham a mesma incidência nos dois grupos", revela Ana Luísa. "O que determinava se os jovens estavam mais ou menos ajustados era a qualidade do relacionamento que mantiveram com os pais desde pequenos", afirma a professora. Olhadas em separado, as pesquisas podem parecer antagônicas, mas se complementam. A separação pode até produzir estragos emocionais para os filhos, mas não significa necessariamente que tenha o poder de conduzi-los para o mundo das drogas, da delinqüência e da depressão.

O stress da separação faz com que os primeiros anos das novas famílias sejam os mais conturbados, época em que as crianças podem ficar menos amáveis ou apresentar problemas de ordem emocional e educacional. A resposta que elas darão à nova situação - superando-a ou não - vai depender da qualidade da relação que manterão com os pais e da habilidade que estes terão para lidar com as dificuldades dos filhos. "Os pais precisam transmitir às crianças que o par amoroso se rompeu, mas os dois continuam a dar amor e apoio aos filhos", diz a psicóloga Terezinha Féres Carneiro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Na fase aguda de adaptação, os filhos pequenos podem apresentar distúrbios típicos de sua faixa de idade, como sono interrompido, além de vômito, cólica e inapetência.

O modo de encarar os filhos do divórcio está mudando, o que facilita a vida dos pequenos. Num passado recente, coisa de vinte anos atrás, crianças nessa situação eram discriminadas e havia quem perdesse amigos porque era filho de mãe desquitada. A separação era compreendida como derrota - normalmente da mulher, diga-se, associada a um certo desvio de caráter. Ter a mãe casando novamente, ver o padrasto ir a uma reunião da sua escola, conviver com um meio-irmão eram coisas impensáveis. Hoje, tudo está muito diferente. Nos melhores colégios brasileiros, a presença de alunos com configurações familiares variadas virou rotina. Há casos de salas de aula onde 50% dos alunos são filhos de pais separados. A separação dos pais pode piorar o desempenho escolar? Se a separação deixar traumas, a criança pode perder o interesse pelo estudo, ficar inibida, sofrer de insônia ou muito sono e até perder o apetite.

Por mais consensual que seja a separação, o comprometimento com a saúde psicológica e emocional dos filhos é evidente. Cabe as novos pares repensarem sobre a responsabilidade de constituírem novas famílias e especialmente em suas responsabilidades ao colocarem filhos no mundo. Se é comum hoje ouvirmos os defensores do “filhos não seguram casamento”; deveríamos ao menos considerá-los como parte importante para se investir na qualidade e manutenção da relação. 
 
Virgilio Nascimento

COMO SALVAR SEU CASAMENTO

A revista Época (17.O4.2010) publicou um excelente artigo de VAN MARTINS E KÁTIA MELLO sobre o desafio de manter um casamento. Interessante que mesmo com um numero grande de divórcios e recasamentos, a busca pelo par ideal, em que se possa ficar junto até o fim da vida, persiste como uma grande realidade. E que a maioria deseja uma única relação para sempre. Como fazer isso dar certo...  
 
Outra constatação interessante que os conceitos tradicionais sobre manutenção de relação ainda persistem em alta: conhecimento mútuo, dedicar tempo para a relação, fazer sexo, manter o amor companheiro, conversar com o outro e respeitar a individualidade. A seguir transcrevemos alguns trechos da reportagem.
O casamento. A boda. O matrimônio. O que essas palavras evocam são imagens tocantes e cenas de festa. Uma noiva sorrindo à beira de um lago, radiante em seu vestido branco de cetim que, embora ela não saiba, foi usado pela primeira vez pela rainha Vitória, da Inglaterra, em seu casamento com o príncipe Albert, em 1840. De lá para cá, as noivas no Ocidente vestem branco. E são rainhas por um dia.

Mas o casamento, a boda, o matrimônio – e mesmo a forma laica e informal de compromisso, a coabitação –, não se resume a uma festa. Depois da noite de núpcias, começa, para todos os casais, aquilo que o psiquiatra Alfredo Simonetti, ligado ao Hospital das Clínicas de São Paulo, descreve como “o sofrimento de viver a dois”: uma luta diária contra a natureza humana, que, ao mesmo tempo que atrai as pessoas para a vida conjugal, faz com que elas, rapidamente, se desapontem com as dificuldades do cotidiano a dois.

As estatísticas brasileiras são eloquentes a respeito tanto do fascínio quanto das agruras do casamento. Cerca de 1 milhão de pessoas se casam todos os anos no Brasil – e pouco mais de 250 mil se separam no mesmo período. Logo, de cada quatro casamentos, um termina em separação. Embora a estatística seja adversa, o risco não é suficiente para fazer as pessoas deixar de casar. Os números do IBGE mostram que a quantidade de uniões por 100 mil brasileiros aumenta um bocadinho a cada ano. Entre 1998 e 2008, o número de casamentos cresceu 34,8%, superando em 13 pontos porcentuais o crescimento vegetativo da população nessa faixa etária. Os divórcios e as separações, no mesmo período de dez anos, cresceram menos, 33%. A diferença é pouca, mínima na verdade, mas sugere que o sonho de casar está mais em alta que a vontade de se separar.

Há várias maneiras de olhar para essas estatísticas de casamento e separação. Uma delas é com otimismo: as pessoas se separam por que estão infelizes, e é bom que a lei facilite o afastamento. Antes de 2002, a separação judicial no Brasil, quando não era consensual, estava condicionada à comprovação de “culpa objetiva e específica” de uma das partes. Hoje em dia, qualquer motivo, mesmo fútil, é suficiente para que o juiz aceite a “impossibilidade de vida comum”. Os juízes entendem que, se uma das partes não quer, basta. Qualquer que seja a razão.

Outra forma de olhar para a mesma estatística é com alarme. Afinal, a cada casamento fracassado corresponde uma dose imensa de sofrimento humano. O divórcio, diz um estudo americano, só perde em termos de estresse para a morte de um cônjuge. É das piores experiências que as pessoas podem ter na vida. Para os filhos, a separação também é dolorosa. Cria períodos de terrível ansiedade. Quando se olha para além da família, a onda de separações tem como consequência social o empobrecimento das pessoas. Mães pobres que criam sozinhas seus filhos, como mostram pesquisas recentes, estão entre os poucos grupos sociais que não conseguiram se beneficiar da elevação geral da renda brasileira dos últimos anos. Parecem estar abaixo da possibilidade de ascensão.

As pesquisas sugerem que o sonho da maioria continua sendo um único casamento, que dure a vida inteira. Tudo isso seria mais ou menos irrelevante se homens e mulheres estivessem perfeitamente confortáveis com a ideia de casamentos seriais. Eles seriam intercalados por períodos miseráveis de separação e pelo êxtase da descoberta de uma nova parceira ou parceiro. Não é isso que a pessoas querem. Mesmo nos Estados Unidos, país que tem uma longa tradição de convívio com o divórcio, onde metade das uniões termina em separação (o dobro da taxa brasileira!), as pesquisas sugerem que o sonho da maioria continua sendo um único casamento longo e feliz, que abarque a existência, produza filhos e dê à vida de cada um dos cônjuges uma riqueza de sentido que ela não teria sozinha. As pessoas não se separam por ter superado essa aspiração romântica. Ao contrário, elas se afastam amarguradas por não conseguir atingir esse ideal. Em geral, quem faz isso é a mulher. Nos Estados Unidos, elas são responsáveis por dois terços dos pedidos de separação. No Brasil, essa proporção é ainda maior, 72%. Ao que tudo indica, para essas mulheres o sonho de felicidade no casamento não mudou. A realidade é que tem se revelado mesquinha.

Além do entretenimento de uma boa leitura, há no livro informações e ideias úteis para quem deseja iniciar ou preservar um casamento. A primeira coisa que ele atira pela janela é o romantismo. Casamento não é uma questão de paixão, afirma Gilbert. Bons casamentos não se ancoram numa erupção hormonal que desliga o senso crítico e faz do cérebro apaixonado algo parecido com o cérebro de um dependente químico (como está demonstrado por estudos de imagens de ressonância magnética!). Estatísticas americanas mostram que, quanto mais jovens as pessoas se casam, maior a chance de separação – e isso parece estar ligado à urgência e à instabilidade das paixões juvenis. Só depois dos 25 anos as estatísticas começam a ficar menos dramáticas. Tendo casado pela primeira vez aos 24 anos, depois de uma sequência de paixões avassaladoras, Gilbert parece saber do que está falando. Ela está separada desde 2002, mas ainda paga pensão mensal ao ex-marido, embora ele tenha se casado novamente, seja pai e vá lançar, em setembro, seu próprio livro de memórias, do qual se esperam grandes doses de veneno contra a ex-mulher e mantenedora. Ninguém com esse fardo biográfico é capaz de olhar para o casamento sem justificada má vontade.

Além da divisão das tarefas da casa, parece haver mais coisas a ser aprendidas com os casamentos sólidos – como a decisão de criar espaços exclusivos para o casal, que não incluam os filhos. Todos os especialistas dizem que isso é essencial para manter a chama do desejo e reforçar a sintonia. O comerciante Alexandre Cavalcante, de 36 anos, e a mulher Andréa Cristina, dona de casa, fazem assim: tiram duas semanas de férias por ano, sem as crianças. Eles têm Vanessa, de 16 anos, e Mateus, de 10. Vivem em Natal, no Rio Grande do Norte. “Em janeiro passado, nós dois fizemos um cruzeiro”, diz ele. O sucesso desse casamento é um desafio às estatísticas. A união começou com a gravidez de Andréa aos 18 anos e tinha tudo para acabar rápido. “Todos apostavam que não duraria seis meses”, diz Alexandre. Já dura 16 anos. Andréa, que agora tem 35, atribui isso ao fato de os dois conversarem muito. Ele acha que o essencial é a consciência de estar casado. “Casar é saber que não é só você”, afirma.

Outra ilusão que o livro se empenha em destruir é a completude. Não há um homem ou mulher, diz ela, que seja capaz de preencher a vida de cada um de nós. A pessoa que porá nosso mundo no lugar ou fará com que ele permaneça à deriva somos nós mesmos. O outro é um companheiro de viagem, não um pedaço de nosso corpo ou uma fração de nossa alma. Muito menos um guia. “Eu me recuso a sobrecarregar Felipe com a tremenda responsabilidade de me completar”, ela escreve. “Já lidei o suficiente com minhas falhas para saber que elas pertencem apenas a mim. Mas foi preciso mais de três décadas e meia para chegar a isso.”

Outra obsessão feminina à qual os maridos não costumam dar atenção é a intimidade. Para os homens, essa palavra tem uma conotação quase puramente física, enquanto no universo feminino intimidade significa um milhão de outras coisas. “Um nível profundo e psicológico de comunicação e reciprocidade”, por exemplo. Ou “um jeito de falar sobre si e de ser escutada pelo outro”. Ou, ainda, “um tipo de conversa especial, de entrega singular, de quem fala e de quem escuta”. Essa intimidade de atributos quase metafísicos, diz Mirian, está por trás de inúmeros pedidos de separação no Brasil. “A mulher casada há vários anos diz que não consegue mais ter intimidade com o marido”, afirma ela. 
 
Virgilio Nascimento

TV - PROBLEMAS DE CONCENTRAÇÃO

Longas horas em frente à TV, seja assistindo à programação ou jogando videogame, podem atrapalhar a concentração das crianças na escola, segundo novo estudo da Universidade do Estado de Iowa, nos Estados Unidos. De acordo com os especialistas, há muita discordância nesse assunto, e a nova pesquisa traz mais evidências de que esse tipo de diversão pode provocar problemas de atenção e aumentar a agressividade das crianças. Acompanhando, por um ano, mais de 1,3 mil crianças em idade escolar e entrevistando pais e professores, os pesquisadores descobriram que aquelas que ficavam mais de duas horas por dia em frente à TV - o limite recomendado pela Academia Americana de Pediatria - tinham 67% maior propensão de exceder o nível médio de problemas de atenção na escola. E testes com estudantes universitários mostraram efeitos similares, porém ainda mais preocupantes. Entretanto, nenhum dos participantes foi diagnosticado com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, que são casos mais extremos que atingem de 3% a 7% das crianças em idade escolar. Embora os resultados sejam claros, eles não comprovam uma relação de causa e efeito, e, por isso, os autores relativizam os efeitos da mídia. “Nem todas as crianças serão influenciadas na mesma proporção. Não há uma coisa que determina nosso comportamento. É uma combinação de todo ‘vai e vem’ que recebemos - a mídia é apenas uma variável”, explicou o pesquisador Douglas Gentile. “O estudo possivelmente oferece aos pais uma defesa de primeira linha, porque (o tempo em frente à tela) é algo que eles podem controlar”, acrescentou o especialista.

26/05/2011

PAIS E DEUS NA MESMA UNIÃO COM OS FILHOS

Pais, Deus tem interesse em ajudá-los na educação de seus filhos, mas Ele espera que vocês cumpram primeiro a sua parte.

"Quando cumprirem o dever de educar dentro das suas possibilidades e capacidades, tenham certeza de que o Pai eterno fará o papel de suprir as áreas que fugiram ao alcance dos pais".

Ore pelo seu filho.
Antes de corrigi-lo, peça a Deus que abrande o seu coração.
Ao precisar corrigir seu filho, não o faça se estiver sentindo raiva.
Proporcione um ambiente de amor, alegria e compreensão na família.
Faça os encontros semanais de família.
O culto familiar diário contribui, grandemente, para que as crianças se tornem mais amáveis.
Que sua família possa ser uma família muito feliz.

Livro: Viva Feliz com Qualidade

DISCIPLINA

Se ora permite, ora proíbe, ora censura, ora aplaude, a criança terá dificuldade em entender as normas e as leis da sua família. O errado é sempre errado. Se a criança quebra um vaso comum, mesmo de propósito, muitas vezes, isto não é levado em conta. Mas, se ela quebra um vaso de cristal, recebe o castigo. A correção deve ser pelo mau comportamento, não pelo valor do objeto. Quando os filhos errarem, eles precisarão de disciplina na base do amor, da compreensão, orientação, paciência e exemplo! Se amar o filho que erra é tão básico para o seu crescimento, precisamos falar com ele de maneira respeitosa, permitir que ele desabafe seus conflitos interiores, para que se torne outra vez amável. Deve ser levado a aceitar com humildade o erro e a não ficar com sentimentos negativos.

Precisa olhar para cima e ter certeza de que pode vencer os obstáculos.


Livro: Viva Feliz com Qualidade

23/05/2011

QUANDO USAR UM CASTIGO MAIS SEVERO

Provérbios 22:15 - "A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe." 

Algumas vezes a vara é necessária.

"(...) A vara pode ser necessária quando falharam outros recursos; contudo não deve fazer uso dela se for possível evitar. Mas, se medidas mais brandas se mostrarem insuficientes, deve administrar-se com amor o castigo que levará a criança à compreensão de seus deveres. Freqüentemente um só destes corretivos será suficiente para mostrar por toda a vida que não está observando a disciplina."
 
Um bom princípio é nunca castigar quando os pais estão irritados. Controlem as emoções e depois expliquem o porquê de a criança estar sendo castigada. Ela precisa saber que, seja qual for a forma de punição, é aplicada porque ela é amada. Corrigir não é espancar, nem exteriorizar a raiva, mas sim, uma difícil, mas necessária maneira de expressar amor. Precisamos de sabedoria, autocontrole e humildade para exercer tão relevante tarefa.

Livro: Viva Feliz com Qualidade
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