Páginas

Mostrando postagens com marcador Divórcio. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Divórcio. Mostrar todas as postagens

21/06/2011

CREMOS NA FAMILIA

Cremos que o casamento foi divinamente estabelecido no Éden e confirmado por Jesus como união vitalícia entre um homem e uma mulher, em amoroso companheirismo.

Para o cristão, o compromisso matrimonial é com Deus bem como com o cônjuge, e só deve ser assumido entre parceiros que partilham da mesma fé. Mútuo amor, honra, respeito e responsabilidade constituem a estrutura dessa relação, a qual deve refletir o amor, a santidade, a intimidade e a constância da relação entre Cristo e Sua Igreja.

Com relação ao divórcio, Jesus ensinou que a pessoa que se divorcia do cônjuge, a não ser por causa de forinicação, e se casa com outro, comete adultério. Mesmo que algumas relações de família fiquem aquém do ideal, os cônjuges que se dedicam inteiramente um ao outro, em Cristo, podem alcançar amorosa unidade por meio da orientação do Espírito e a instrução da Igreja.

Deus abençoa a família e tenciona que seus membros ajudem um ao outro a alcançar completa maturidade. Os pais devem educar os seus filhos a amar o Senhor e a obedecer-Lhe. Por seu exemplo e suas palavras, devem ensinar-lhes que Cristo é um disciplinador amoroso, sempre terno e solícito, desejando que eles se tornem membros do Seu corpo, a família de Deus. Crescente intimidade familiar é uma das características da mensagem final do evangelho. Nisto cremos!

Ouça também http://www.redemaranatha.com.br/audios/NistoCremos/Prog022.mp3

ESTA PENSANDO EM SE DIVORCIAR? LEIA ESSE TEXTO ANTES

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: “Tenho algo importante para te dizer”. Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.

De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: “Por quê?”

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou “você não é homem!” Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. “Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio” – disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então, quando eu a carreguei para fora da casa, no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo “O papai está carregando a mamãe no colo!” Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho “Não conte para o nosso filho sobre o divórcio” Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse “Todos os meus vestidos estão grandes para mim”. Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso… ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração….. Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
 
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse “Pai, está na hora de você carregar a mamãe”. Para ele, ver seu pai carregando sua mãe todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: “Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo”.

Eu não consegui dirigir para o trabalho… fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia… Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela “Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar”.

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa “Você está com febre?” Eu tirei sua mão da minha testa e repeti.” Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe”.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: “Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe”.

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama – morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio – e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, do seu marido, façam pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Um casamento centrado em Cristo é um casamento que dura uma vida toda.

(Li o texto acima, por e-mail. Não sei quem escreveu, mas resolvi publicar aqui. Se salvar do divórcio um casamento, terá valido a pena).

12/06/2011

FILHOS DO DIVÓRCIO

Todos os anos, mais de 1 milhão de crianças e adolescentes são envolvidos em casos de divórcio nos Estados Unidos, segundo o censo americano. No Brasil, as estatísticas falam em 120.000 filhos atingidos pela separação dos pais. Contando os casos não oficializados, estima-se que sejam 400.000 crianças por ano. Para o homem e a mulher, o impacto da separação é grande, mas os dois lados conhecem a fundo as razões que sustentam a decisão. Para as crianças, que são colhidas por uma notícia inesperada, o fim do casamento dos pais representa um dos períodos mais difíceis de suas vidas, mesmo que tenha sido a melhor solução para desavenças incontornáveis. Por um lado, os filhos passam a viver sem a presença constante de um dos pais (normalmente o pai), e a lidar com situações desconhecidas e muitas vezes traumáticas, como ter duas casas para dormir, mudar de bairro, trocar de escola e de amigos. Mas há um segundo motivo. Como agravante, além de perder a companhia de um dos pais, os filhos podem ser submetidos a uma provação: adaptar-se a uma nova família.

Pelas características, as novas famílias são chamadas pelos psicólogos e psiquiatras de famílias-mosaico, ou famílias reconstituídas. O crescimento do número de separações e o aumento desses mosaicos são um grande avanço, pois apontam para uma relação familiar mais honesta. Casais que já não se suportam deixam de se sentir obrigados a viver juntos pelo resto de seus dias, ainda que tenham filhos. As relações se estabelecem a partir da vontade de permanecer juntos, e não apenas das convenções sociais. O que intriga os especialistas é saber até que ponto as famílias-mosaico interferem na formação das crianças. Alguns profissionais observam que a separação é sempre muito arriscada. "Até os 5 anos de idade, a criança pode sofrer com a separação porque ela fica muito dependente e estabelece troca somente com figuras próximas", diz o psiquiatra infantil Alfredo Castro Neto, do Rio de Janeiro. Outros lembram que as novas uniões podem ser muito úteis para compensar os efeitos da separação. "Nas famílias reconstituídas predomina a solidariedade entre os filhos por causa dos problemas semelhantes vividos e da identidade geracional", afirma o psiquiatra Antônio Mourão Cavalcante, professor da Universidade Federal do Ceará.

É difícil tirar conclusões definitivas em torno de um tema tão complexo. Um trabalho do psiquiatra Haim Grunspun, da PUC paulista, que acompanhou um grupo de crianças por dois anos após o fim do casamento dos pais, concluiu que a separação, se mal conduzida, pode ter potencial devastador. A pesquisa revela que os bebês até os 2 anos podem desenvolver comportamento mais medroso e apresentar sintomas de regressão. As crianças com 4 e 5 anos tendem a encarar a separação como temporária e acham que podem influir no comportamento dos pais. Em alguns casos, apresentaram desorientação, pouca agressividade e inibição nos jogos. Já os filhos de 5 a 6 anos se sentiam culpados, achando que provocaram a briga entre o casal. Essa interpretação equivocada por parte das crianças provocava abalo da autoconfiança, raiva incontida, sensação de responsabilidade pela reconciliação dos pais e dificuldade em se ligar a novas pessoas que entram para a constelação familiar.

Outra pesquisa, feita pela professora Ana Luísa Vieira de Mattos, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, mostra que a separação pode não ser tão ruim assim. Durante cinco anos, ela manteve grupos de discussão com 85 adolescentes de classe média e alta oriundos de famílias originais e reconstituídas. "Concluí que os problemas com drogas, delinqüência e depressão tinham a mesma incidência nos dois grupos", revela Ana Luísa. "O que determinava se os jovens estavam mais ou menos ajustados era a qualidade do relacionamento que mantiveram com os pais desde pequenos", afirma a professora. Olhadas em separado, as pesquisas podem parecer antagônicas, mas se complementam. A separação pode até produzir estragos emocionais para os filhos, mas não significa necessariamente que tenha o poder de conduzi-los para o mundo das drogas, da delinqüência e da depressão.

O stress da separação faz com que os primeiros anos das novas famílias sejam os mais conturbados, época em que as crianças podem ficar menos amáveis ou apresentar problemas de ordem emocional e educacional. A resposta que elas darão à nova situação - superando-a ou não - vai depender da qualidade da relação que manterão com os pais e da habilidade que estes terão para lidar com as dificuldades dos filhos. "Os pais precisam transmitir às crianças que o par amoroso se rompeu, mas os dois continuam a dar amor e apoio aos filhos", diz a psicóloga Terezinha Féres Carneiro, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Na fase aguda de adaptação, os filhos pequenos podem apresentar distúrbios típicos de sua faixa de idade, como sono interrompido, além de vômito, cólica e inapetência.

O modo de encarar os filhos do divórcio está mudando, o que facilita a vida dos pequenos. Num passado recente, coisa de vinte anos atrás, crianças nessa situação eram discriminadas e havia quem perdesse amigos porque era filho de mãe desquitada. A separação era compreendida como derrota - normalmente da mulher, diga-se, associada a um certo desvio de caráter. Ter a mãe casando novamente, ver o padrasto ir a uma reunião da sua escola, conviver com um meio-irmão eram coisas impensáveis. Hoje, tudo está muito diferente. Nos melhores colégios brasileiros, a presença de alunos com configurações familiares variadas virou rotina. Há casos de salas de aula onde 50% dos alunos são filhos de pais separados. A separação dos pais pode piorar o desempenho escolar? Se a separação deixar traumas, a criança pode perder o interesse pelo estudo, ficar inibida, sofrer de insônia ou muito sono e até perder o apetite.

Por mais consensual que seja a separação, o comprometimento com a saúde psicológica e emocional dos filhos é evidente. Cabe as novos pares repensarem sobre a responsabilidade de constituírem novas famílias e especialmente em suas responsabilidades ao colocarem filhos no mundo. Se é comum hoje ouvirmos os defensores do “filhos não seguram casamento”; deveríamos ao menos considerá-los como parte importante para se investir na qualidade e manutenção da relação. 
 
Virgilio Nascimento
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...